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NEWSLETTER Nº2 |
30 . JULHO . 2009 |
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Mosteiro de Santa Maria da Flor da Rosa
Flor da Rosa - Crato |
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Reabertura ao Público
O Mosteiro de Santa Maria da Flor da Rosa reabriu ao público dotado de áreas de Acolhimento e Interpretação onde são disponibilizados diferentes serviços de apoio que permitirão quer uma melhor compreensão de toda a história deste monumento, quer as condições adequadas de recepção ao visitante.
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A intervenção de Recuperação e Valorização do Mosteiro de Santa Maria da Flor da Rosa (2002-2008), levada a cabo pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo, com o apoio do Programa Operacional da Cultura, no âmbito do QCA III, envolvendo um investimento total de 1.639.851,35 € (comparticipação FEDER a 75%), incluiu um conjunto de acções de investigação, recuperação e valorização patrimonial que vieram possibilitar o usufruto da parte do monumento não afecta à “Pousada de Flor da Rosa”, aí instalada desde 1995, e que se conserva sob gestão directa do Ministério da Cultura.
Com esta intervenção, foi possível colocar à fruição pública vários espaços que se encontravam fechados ao público, nomeadamente a igreja e sacristia, o coro alto e a torre sineira (acesso condicionado), o claustro e várias salas que constituíam os antigos lugares regulares do mosteiro, espaços esses destinados agora a área de acolhimento a visitantes, bilheteira e loja, exposição interpretativa do monumento, área lúdica/pedagógica e “Oficinas do Mosteiro” e à instalação de um núcleo expositivo de Escultura do Museu Nacional de Arte Antiga. Foram também criadas condições para a realização de exposições temporárias e de outros eventos de carácter cultural.
Através de um acordo de colaboração entre a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e a Câmara Municipal do Crato foi também instalado no monumento o Posto de Turismo da Flor da Rosa. Da mesma forma, foi acordada entre as duas entidades a responsabilidade partilhada ao nível da gestão do monumento, a ser muito brevemente oficializada mediante a celebração de protocolo.
O projecto de arquitectura para recuperação do interior do mosteiro e adaptação a novos usos é da autoria do Arqt.º João Luís Carrilho da Graça e as obras de consolidação estrutural, recuperação de coberturas e drenagens da responsabilidade do Eng.º João Appleton e da Direcção Regional de Cultura do Alentejo.
No âmbito da divulgação, assinala-se a reedição revista da monografia sobre o Mosteiro da Flor da Rosa, da autoria de Paulo Pereira e Jorge Rodrigues, com capítulo dedicado ao conjunto escultórico do Museu Nacional de Arte Antiga que agora se expõe no monumento, da autoria de Maria João Vilhena, bem como a disponibilização ao público de um desdobrável sobre o mesmo.
A cerimónia de inauguração dos espaços agora recuperados e readaptados do extinto Mosteiro de Santa Maria da Flor da Rosa teve lugar no passado dia 3 de Julho e contou com a presença de S. E. o Ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, do Governador Civil de Portalegre, Jaime Estorninho, do Director Regional de Cultura do Alentejo, José António Cabrita do Nascimento, e do Presidente da Câmara Municipal do Crato, José Correia da Luz. Estiveram também presentes representantes da Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta, ordem que fundou o mosteiro de Flor da Rosa no século XIV e à qual pertenceu até à extinção das Ordens religiosas em Portugal, em 1834.
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A ocasião foi marcada com a inauguração da exposição temporária “Flor da Rosa”, do escultor João Cutileiro, e pela realização de um concerto pelo Ensemble Mediae vox, que apresentou um programa especialmente criado para este efeito com música medieval sob o tema da “Virgem da Rosa”. |
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O Polo Museológico da Flor da Rosa
De entre as várias componentes do projecto cultural definido para a Flor da Rosa destaca-se a instalação de um Núcleo de Escultura do Museu Nacional de Arte Antiga resultante de um protocolo de colaboração com o Instituto dos Museus e da Conservação (IMC, I.P.) que faz transferir para o Monumento, parte de um conjunto de peças de um Museu Nacional.
Este núcleo ocupa salas envolventes ao claustro do extinto Mosteiro, especialmente adaptadas para o efeito, e é constituído por um conjunto de esculturas em pedra, de temática Mariana, executadas entre os séculos XV e XVII.
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Se os actos de empréstimo de longa duração são práticas correntes entre os organismos encarregados da salvaguarda e mostra pública do património nacional, provendo complementaridades cronológicas, temáticas e narrativas, em Portugal, o programa da Flor da Rosa apresenta algum pioneirismo. O conceito parte da selecção de um conjunto de objectos extraídos de uma única colecção – a Colecção de Escultura do MNAA – e desta foram eleitas peças com uma proveniência específica, a colecção Vilhena, todas seleccionadas entre espécies conservadas em reserva, assim destinadas à criação do novo pólo museológico.
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Exposição temporária
Flor da Rosa - Esculturas de João Cutileiro
“Flor da Rosa - Esculturas de João Cutileiro”, constitui a exposição temporária inaugural do Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa. A exposição integra várias peças que abrangem alguns dos temas de eleição do trabalho do escultor João Cutileiro, nomeadamente, os guerreiros, as mulheres, as árvores e as flores, tendo como ponto de partida o “espírito” do lugar da Flor da Rosa: o topónimo, invocador da sede da Ordem Hospitalária, a Ilha de Rodes, ao tempo conhecida como Ilha das Rosas e a rosa que se repete no símbolo heráldico dos cavaleiros de S. João; o aspecto inexpugnável da arquitectura religiosa e militar; a imponência da igreja agora dessacralizada e vazia, onde se guarda apenas a memória material do túmulo de um monge/guerreiro.
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A exposição encontra-se patente ao público, na igreja do extinto mosteiro, até 5 de Outubro. |
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Flor da Rosa
Herança da Ordem de Malta
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Mandado construir por D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior do Hospital, em 1340, o Mosteiro da Flor da Rosa constituiu um dos principais espaços que a Ordem de São João de Jerusalém ou do Hospital (a partir do séc. XVI designada por Ordem de Malta) possuiu em Portugal, tornando-se, desde então, a nova sede da Ordem em Portugal.
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Para além do Mosteiro da Flor da Rosa, a Direcção Regional de Cultura do Alentejo tutela ainda dois dos principais conjuntos arquitectónicos que a Ordem do Hospital ou de Malta legou à região Alentejo: o Castelo de Amieira do Tejo (Nisa) e o Castelo de Belver (Gavião). Estes monumentos, vão ser alvo de novas obras de recuperação e valorização no âmbito de candidaturas ao QREN, cujos processos já estão em curso.
Acreditando que a salvaguarda e valorização do património arquitectónico devem forçosamente assentar numa cultura de parcerias, a Direcção Regional de Cultura do Alentejo encontra-se a estabelecer acordos com as autarquias respectivas para a co-gestão destes monumentos, à semelhança do que aconteceu em Flor da Rosa. Sob o mesmo princípio, foi também encetado um diálogo com a Assembleia dos Cavaleiros Portugueses da Ordem Soberana e Militar de Malta com vista ao desenvolvimento de formas de colaboração para a promoção e dinamização deste património.
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DRCALEN assina protocolo de colaboração para a Recuperação do Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
No passado dia 3 de Julho, foi celebrado protocolo de colaboração entre a Direcção Regional de Cultura do Alentejo, a Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e a SIVA - Sociedade de Importação de Veículos Automóveis, S.A., para a realização de obras de recuperação desta Igreja. A cerimónia teve lugar na igreja de Nossa Senhora da Conceição e contou com a presença de S.E. a Secretária de Estado da Cultura, Maria Paula Santos, de S. Eminência o Arcebispo de Évora, D. José Alves, do Director Regional de Cultura do Alentejo, José Nascimento, do Presidente do Conselho de Administração da SIVA, João Pereira Coutinho, e do Reverendo Reitor do Santuário de N.ª Sr.ª da Conceição de Vila Viçosa, Padre Mário Tavares de Oliveira.
As obras de recuperação do monumento iniciam-se no presente ano e decorrerão até 2011, sob a responsabilidade técnica da Direcção Regional de Cultura do Alentejo e inteiramente financiadas pela SIVA, ao abrigo do Mecenato Cultural.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, para além de constituir um dos mais importantes monumentos do património histórico-arquitectónico e artístico do Alentejo, assume carácter emblemático ao nível nacional pois nele se venera a Padroeira de Portugal, por dedicação do monarca D. João IV. |
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