


As próximas atividades do Terras sem Sombra (TSS) vão ter lugar no concelho de Sousel, onde o festival vai estrear nos dias 26 e 27 de abril, explorando um território rico em história, património e biodiversidade. Destacam-se a serra de São Miguel, um verdadeiro oásis de vida e endemismos, e as memórias da presença de D. Nuno Álvares Pereira na região. Como ponto alto, a noite de sábado, 26 de abril, reserva um concerto imperdível com a soprano Carla Caramujo e o ensemble La Nave Va, sob direção de António Carrilho, numa viagem musical ao século XVIII com obras de Bach, Handel e Mozart.
Nesta apresentação em Sousel, o festival Terras sem Sombra conta com o apoio do Município local.
É de salientar o regresso, em 2025-2026, do apoio sustentado da Direção-Geral das Artes ao Festival.
Sob o signo do Divino e do Humano
A igreja maneirista e barroca, matriz de Nossa Senhora da Graça, em Sousel, acolhe, a 26 de abril, sábado (21h30), um concerto que junta a poderosa voz da soprano portuguesa Carla Caramujo às emotivas interpretações do ensemble La Nave Va, sob a direção musical do multipremiado músico António Carrilho.
O concerto intitulado "Et incarnatus est: O Divino e o Humano na Música de Bach, Handel e Mozart" apresenta um alinhamento de peças de excelência, conduzindo o público por um percurso que explora profundamente a interseção entre o celestial e o terreno.
Carla Caramujo, vencedora de prémios como o Concurso Luísa Todi e o Musikförderpreis, formou-se pela Guildhall School of Music e pelo Royal Conservatoire of Scotland. No seu currículo conta com apresentações em palcos prestigiados como o Barbican Center e o Royal Albert Hall. Destacam-se atuações como La Contessa di Foleville, em Il Viaggio a Reims (Rossini), D. Anna, em Don Giovanni (Mozart). Recentemente, assumiu a direção artística do Festival de Ópera de Óbidos.
António Carrilho divide a sua atividade entre concertos e direção, abrangendo um repertório que vai da Idade Média à música contemporânea. Foi solista com orquestras como a Gulbenkian, a Sinfónica Portuguesa, a Metropolitana de Lisboa e a Barroca de Haifa. Venceu os concursos Recorder Moeck Solo Competition (Reino Unido) e Recorder Solo Competition of Haifa (Israel). Dirige os ensembles La Nave Va, La Paix du Parnasse, Syrinx: XXII e Milles Regretz, apresentando-se em festivais na Europa, América e Ásia. Destacam-se as suas direções de óperas como Dido e Eneias e The Fairy Queen (Purcell), La Serva Padrona (Pergolesi) e Orfeo (Monteverdi).
La Nave Va é um ensemble barroco fundado em 2004 por António Carrilho e Luísa Tavares, dedicado à interpretação de repertórios do século XVII e XVIII. Reconhecido pelas suas interpretações emotivas, o grupo apresenta-se em prestigiados festivais, igrejas e teatros históricos.
Na Senda de D. Nuno Álvares Pereira: Igrejas e Ermidas da Vila de Sousel
No dia 26 de abril (15h30), em Sousel, o TSS integra ainda uma atividade dedicada ao património local orientada por Ana Isabel Machadinha, técnica superior de História.
Sob o título "Na Senda de D. Nuno Álvares Pereira: Igrejas e Ermidas da Vila de Sousel" e com ponto de encontro no Museu dos Cristos, os participantes serão convidados a conhecer esta histórica terra régia, ligada à Ordem de Avis. Na região, mantém-se viva a memória de D. Nuno Álvares Pereira, antigo senhor da vila, que destacou a devoção a Nossa Senhora da Orada, objeto de sua especial veneração.
No século XV a vila passou a integrar a esfera de influência da Casa de Bragança que demonstrou grande empenho no seu desenvolvimento.
Na região, mantém-se viva a memória de D. Nuno Álvares Pereira, antigo senhor da vila, que destacou a devoção a Nossa Senhora da Orada, objeto de sua especial veneração.
Sousel destaca-se também pelo seu rico património artístico, abrangendo tanto a arquitetura religiosa como a arquitetura civil. A este legado material, que inclui o notável Museu dos Cristos, soma-se um valioso património imaterial, refletido nos antigos ofícios, tradições e costumes, bem como no universo do Imaginário e do Maravilhoso.
"Exuberante, porém Frágil: A Flora da Serra de São Miguel"
Dedicada à Salvaguarda da Biodiversidade na manhã de domingo, dia 27 (9h30), realiza-se a atividade "Exuberante, porém Frágil: A Flora da Serra de São Miguel", com ponto de encontro no Museu dos Cristos. A serra de São Miguel constitui um tesouro praticamente intocado da biodiversidade, com realce para a flora, que tem vindo a ser estudada pelo Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Guiados por João Farminhão, investigador do referido Jardim Botânico conduzirá os participantes nesta visita.
As iniciativas são de acesso livre e gratuitas.
A 21.ª temporada do TSS, organizado por Pedra Angular - Associação de Salvaguarda do Património do Alentejo, prossegue a 17 e 18 de maio, no concelho de Arronches.
Toda a programação da presente temporada pode ser consultada no site do Festival Terras sem Sombra.
As iniciativas são de acesso livre e gratuitas.
Mais informação
T.: + 351 917 502 842
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